sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

A "Última Ceia" de Leonardo da Vinci

IMAGEM: A "ÚLTIMA CEIA" Leonardo Da Vinci
Data: 1495- 1497
Técnica: Mista com predominância da têmpera e óleo

Leonardo da Vinci foi um dos mais importantes pintores do Renascimento Cultural, época em que se deixou de acreditar em Deus como razão de todas as coisas, passando a acreditar no poder do homem de julgar, criar e construir.
Nesse contexto, uma de suas principais obras é a "Última Ceia", localizada no refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie em Milão. Tal obra, apresenta características essenciais da arte de Da Vinci, como utilização de técnicas artísticas de perspectiva, uso de cores próximas da realidade, figuras humanas perfeitas com expressões de sentimento e detalhismo, temas religiosos, imagens principais centralizadas, paisagens de fundo. É um dos maiores bens conhecidos e estimado do mundo. Ao contrário da maioria das pinturas, nunca foi possuída particularmente, pois não pode ser removida de seu local de origem. Ao longo dos três anos de criação (1495-1497), Leonardo dedicou-se integralmente a esta obra, fato raro para um pintor de sua importância. Mas infelizmente, com o tempo, a imagem sofreu diversas agressões, desde a umidade natural da parede, passando por uma abertura de uma porta, feita pelos padres, até o bombardeio aéreo durante a 2º Guerra Mundial.
A pintura representa, para alguns, a cena da última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e crucificado, como descreve a bíblia em João 13:21. Um dos momentos mais dramáticos da história, segundo os evangélicos, a figura mostra ainda o momento em que Jesus anuncia aos apóstolos que alguém, entre eles, o trairia. Ao centro está Cristo com os braços abertos, em um gesto de resignação tranqüila, formando o eixo central da composição. A partir dele, são representados os discípulos, que, do ponto de perspectiva, são exatos. Podemos reconhecer, da direita para a esquerda: Simão, Tadeu, Mateus, Felipe, Tiago (o Maior), Tomé, João, Judas, Pedro, André, Tiago (o Menor) e Bartolomeu.
Atualmente, o livro O Código Da Vinci, de Dan Brown, percorreu o mundo , sendo lido por milhões de pessoas. Em meio a uma história de suspense, o autor insere a teoria de que o discípulo ao lado direito de Jesus, ao invés de ser João, seria Maria Madalena, por possuir traços femininos. É curioso notar que as cores das roupas de Maria e Jesus são opostas: Maria usa um vestido azul e uma manta vermelha e Jesus uma veste vermelha, com uma manta azul, o que, segundo alguns, pode ter semelhanças com a representação do equilíbrio entre o masculino e feminino, formando ambos um casal. Além disso, as duas figuras são interligadas por um grande M formado pela postura física dos dois na pintura, vê-se o efeito espelhado que simboliza a entrada para uma realidade oculta. Será que Da Vinci realmente pensou em todos estes detalhes, com estas interpretações? Será que isto é obra do acaso?
Existem muitas interpretações para A “Última Ceia” retratada por Da Vinci, muitas lendas cheias de mistério e esoterismo, uma delas conta que Da Vinci, procurava por rostos humanos para pintar psicologicamente os atributos de cada apóstulo. Sendo assim, encontra um jovem muito belo, agraciado de feição inocente para servir de modelo de João, o discípulo amado do mestre Jesus. Finalizado o trabalho, Da Vinci, o pagou, e continuou seu trabalho. Porém, em seguida necessitou encontrar um modelo para Judas Iscariotes. Encontrou então um jovem desalinhado, sujo, sofrido e com todos os vícios refletidos em seu rosto. Da Vinci, vê então naquele homem o apóstolo traidor, e o contrata para posar em sua pintura. Porém, com o término da obra o jovem pergunta ao artista se ele não o conhece, Da Vinci, afirma que não, e jovem então fala : “Eu sou aquele cujo rosto te fascinou para que eu fosse um anjo, o discípulo amado do Cristo. Mas agora, tu vês ao traidor, ao hipócrita.... Tal é o meu estado desde que tu me pagaste abundantemente por haver posado pela primeira vez... Com teu dinheiro caí no vício e na perdição...”

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