Florence Martinez, artista haitiano é conhecido principalmente pela representação de motivos religiosos, geralmente descrevendo eventos bíblicos. Nessa obra é notório que o índice não é a ceia, mas sim a essencia da cultura e do estilo do artista.
Destaca-se ainda, a riqueza de cores e elementos. A mesa, é notoriamente, o mais detacável, se mostra por completo, agredindo a idéia de perspectiva.
É curioso notar ainda, os diversos símbolos e associá-los à seus significados.O olho grego, centralizado, na parte superior,nos protege contra toda energia negativa e nos traz sorte. Quando existe algum "mau-olhado", o olho absorve a energia e se quebra, protegendo a pessoa da negatividade.A estrela de cinco pontas, também chamada de pentagrama,pode possuir vários significados,como os cinco sentidos com os quais o homem se comunica com o mundo, as cinco chagas de Cristo,e pode representar também o próprio homem ideal unificado, onde cada uma das pontas representa a cabeça e os quatro membros do corpo humano.Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.
"A Última Ceia" (1909) Artista: Emil Nolde (1867-1956) _ EXPRESSIONISMOEmil Nolde, foi um dos mais importantes pintores expressionistas alemães. Sua representação para a última ceia choca o espectador, devido à vivacidade das cores, que contrastavam abusivamente umas das outras, à deformação dos rostos dos personagens retratados, a distorção das perspectivas e ao excessivo uso de tinta. É curioso observar que o artista elimina a mesa em sua representação, uma importante referência nas obras mais tradicionais.
A imagem, trata da representação de Dalí para a última ceia, sendo uma releitura da pintura de Leonardo, um de seus artistas favoritos.O artista retrata Cristo, ao centro, em uma mesa, ladeado por seus discípulos, as janelas olham sobre uma paisagem comum ao artista. Destaca-se a idéia da tranparência e de ritual. A figura de Cristo é transparente, não fazendo sequer sombra sobre a mesa como os demais. Acima dele os braços e a caixa de um homem parecem no céu, sugerindo e adiantando um novo tema: a Ascensão Divina.Um aspecto da pintura que causou polêmica foi a feição feminina atribuída ao rosto de Cristo, alguns desconfiam que o artista tenha reproduzido mais uma vez o rosto de Gala.
A imagem da última ceia das modelos, paródia da obra de Da Vinci, foi utilizada por uma gripe francesa Marithe et François Girbaud com fins publicitários e precisou sair de circulação, por ser considerada ofensiva. A nova versão da pintura do século XV, contém um grupo de pessoas no lugar dos apóstolos, e uma mulher ocupando o lugar de Cristo. A polêmica à respeito do outdoor da grife se segue ao debate provocado pelo best-seller "O código Da Vinci", em que o escritor Dan Brown faz uma interpretação do quadro que também desagrada muitos católicos devotos. Mais uma vez é curioso observar, que nos casos de paródia, quanto mais desvinculado do contexto original, mais as posições dos personagens são mantidas, em relação à obra de Leonardo. Outro destaque, é o fato da mesa estar praticamente vazia (algumas poucas frutas), satirizando o padrão imposto às modelos atuais.
Trata-se de uma paródia. Aqui, o artista traz a cena para os dias atuais, os personagens, são discípulos contemporâneos, extremamente urbanos. Apenas Cristo é representado com "seriedade", seu visual não foge das mais tradicionais representações, está centralizado, sendo foco da imagem. É interessante observar como os elementos comuns à essa cena foram mantidos, porém cheios de contemporaniedade, como a toalha da mesa e a garrafa de vinho. Outro fato curioso, acontece no lado direito da imagem, é a tentativa de "Maria Madalena" em entrar no local, levantando mais uma vez a polêmica de sua participação ou não no última ceia.
A "Última Ceia" - Jacopo Bassano (1542) Jacopo se inspira na representação de Da Vinci para fazer sua obra, porém destarta os elegantes personagens e atribui ao seus uma cena dramática repleta de movimento. A cena retrata o momento crucial, quando Cristo afirma que um deles o trairia. Destaque para a difusão luxuosa e particular das cores, a interação com o espectador e a forma Maneirista, de extremo movimento e sublime volume.
A "Última Ceia" - Dieric the Elder Bouts (1464 - 1467)
Pintura a óleo 180 x 150 cm Nessa representação, o artista volta-se para a comunhão com Cristo, não explorando portanto, o tema da traição. Destaca-se nessa obra o realismo da cena, e o detalhismo de cada ponto, com a arquitetura Holandesa, as janelas góticas, a paginação do piso, a perfeição dos alimentos à mesa, a sistemática perspectiva, e a possibilidade de visualizar o exterior, por pontos distintos, que mostram jardins. Como pontos atípicos às demais representações da Última Ceia, temos o formato da mesa, desta vez quadrado e não retangular. Temos também a presença de novos personagens, à esquerda, dois empregados observam a cena através de um portal na cozinha, os outros dois se encontram na sala, e podem representar o pintor ou qualquer um de nós, que esteja pronto para esperar por Cristo e seus discípulos. A obra, se coloca assim, no contexto da vida atual.